Estratégias no manejo para garantir potencial produtivo na cultura do trigo

Uma vez instalado a cultura a campo com sementes de qualidade, cultivares adaptado á região, correção e adubação de base, manejo de plantas daninhas, entre outros, entramos numa fase essencial para construção da nossa produtividade, o estádio vegetativo, segunda prioridade da planta. Após termos dado condição para o bom crescimento do sistema radicular, entramos na fase de construção do nosso painel solar (folhas); objetivamos plantas de porte moderado com adequado índice de área foliar, sadias e fotossinteticamente ativas. Dessa forma teremos plantas eficientes na transformação de energia luminosa em energia química, o qual é fundamental para obter lavouras com rendimentos rentáveis.

Quando olhamos o estágio vegetativo na cultura do trigo levando em consideração modificações que acontecem internamente na planta devemos considerar que ela possui curta duração (até o início do afilhamento), embora na prática isso não seja muito utilizado, a partir do estádio de afilhamento já acontece internamente a formação da espigueta, por tanto, entrada na fase reprodutiva e estabelecimento do potencial produtivo (até início de florescimento definido n° de grão/m2). Por tanto nesse período devemos realizar manejos para estimular o desenvolvimento do trigo, realizar adubação de cobertura – Nitrogênio, reduzir e/ou atenuar possíveis problemas de fitotoxidez, danos por geada, evitar mato-competição, insetos pragas na área (monitoramento), entre outros.  

Nesse sentido o manejo nutricional aliado à bioestimulantes (extrato de algas e aminoácidos) tem sido uma estratégia eficiente para nutrir a planta de forma balanceada com macro e micronutrientes, promover balanço positivo de hormônios promotores de crescimento, tornar a planta mais eficiente nos seus processos fisiológicos, assim como, atenuar impactos negativos decorrentes de estresses bióticos e abióticos que podem diminuir drasticamente o potencial produtivo e que acontecem ao longo do ciclo de desenvolvimento. Analisando os estádios de desenvolvimento do trigo, definição do potencial genético e estratégias para formação de grãos com qualidade (PH e W), estímulos e condições de desenvolvimento adequado nas fases de perfilhamento, alongamento do colmo e espigamento/florescimento passam as ser estratégias com grande retorno quando colocamos na balança e avaliamos na ponta do lápis. Felizmente estamos vivenciando um cenário favorável para cultura do trigo, cabe a nós realizar os manejos para diminuir percas por pragas, doenças e adotar as tecnologias disponíveis para manter nossas plantas fisiologicamente ativa por mais tempo, reduzir percas oriundos de estresses bióticos e abióticos, assim como, promover e estimular o desenvolvimento da parte aérea com sanidade. Dessa forma tornamos nossas plantas mais resilientes, melhoramos o sistema de produção e com certeza isso trará os frutos na colheita.

Adrian Correa | Coordenador de desenvolvimento de mercado da Fertiláqua

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