Historicamente o plantio de segunda safra ou safrinha como é denominada, especialmente nas áreas de milho da região centroeste estão sujeitas a sofrerem com períodos de deficit hídrico. Nesta safrinha, as áreas de milho do Mato Grosso do Sul, especialmente em regiões centrais de grande relevância do estado (Campo Grande, Sidrolândia, Maracajú, Dourados, Caarapó) tem passado por grandes períodos de seca e consequentemente estresse das plantas com possível queda em produtividade. Muitas áreas se encontram em estágio reprodutivo, em pendoamento ou início de enchimento de grãos, sendo este período primordial para sucesso e maior garantia de altas produtividades. Souza e Cessa (2014) afirmam que a presença de níveis adequados de água nesse período proporciona aumento da produtividade do milho, sendo, portanto, o déficit de água limitante ao rendimento do milho. Já com o número de espigas por área definido, nesse período que é estabelecido o número potencial de grãos por espiga, que é função da definição do número de fileiras por espiga (componente de alta herdabilidade) e, principalmente, da definição do número de óvulos por fileira. Diante disso, faz-se importante um bom manejo do solo, trabalhando as propriedades químicas, físicas e microbiológicas, buscando a construção de um perfil equilibrado e consequentemente aumentar a eficiência de uso da água (a capacidade de armazenamento) dentre outros tantos benefícios. Um outro aspecto observado é que as plantas que receberam um manejo nutricional diferenciado, com aplicação de bioestimulantes que trabalham a parte fisiológica e a parte nutricional tem apresentado melhor desempenho e aparentam menor impacto do estresse (seca) que tem ocorrido nas regiões citadas. A semana inicia com boas previsões climáticas, o que renova a esperança do produtor, para que as perdas por estresse hídrico não sejam tão grandes e tenhamos ótimas colheitas.
