Bioestimulantes no tratamento de sementes funcionam?

A Fertiláqua, um dos maiores grupos de nutrição, fisiologia de plantas e revitalização de solo, tem realizado diariamente transmissões online com representantes do seu corpo técnico para debater principais pontos da agricultura e auxiliar os produtores com dicas e orientações que, até então, eram dadas no campo.

A Live “DM em Campo”, realizada no dia 8 de abril, contou com a participação do Dr. Josué Fogaça e da influenciadora digital do agronegócio, Camila Telles. A mediação foi feita pelo gerente de desenvolvimento da Fertiláqua, Deyvid Bueno.

O debate do dia foi sobre o uso de bioestimulantes em tratamento de sementes. Abrindo a discussão, Fogaça esclareceu a função do produto: são substâncias – naturais ou sintéticas – que favorecem a planta, melhorando suas características fisiológicas e nutricionais, da germinação à emergência. No entanto, o especialista destacou que os bioestimulante não são usados apenas em sementes, mas também em mudas, toletes, plantas ou culturas que a estrutura reprodutiva não seja semente.

A solução traz diversos benefícios: pode ser usada de forma preventiva para minimizar riscos, diminuir condições de estresse e manter a reserva de energia. “Quando se fala em estresse, o principal citado é o problema hídrico, de falta de chuva. Porém, o excesso de precipitações, o ataque de pragas no sistema radicular, temperaturas extremas (muito frio ou muito quente) também formam compostos indesejáveis na semente. E aí entra o efeito do bioestimulante, não apenas a aplicação de nutrientes e minerais, mas também aminoácidos e precursores hormonais que serão utilizados para diversas funções”, explica.

Outro ganho promovido pelos bioestimulantes é em relação ao vigor da plântula. Com a atenuação dos estresses, há uma economia maior de energia e isso impacta em uma planta mais sadia e com maior teor de matéria seca no estabelecimento da plântula. Com isso, será desenvolvida uma planta com maior potencial produtivo. “Vale destacar que o incremento na produtividade é consequência; o objetivo do produto é tratar a semente, em emergência, vigor, economia de energia e manutenção de estruturas reprodutivas”.

Questionado sobre o uso de bioestimulantes e defensivos agrícolas no tratamento, Fogaça afirmou que nenhum processo será inviabilizado. Enquanto os defensivos têm ações na superfície de contato, os bioestimulantes trabalham na fisiologia da semente.

A Live também contou com a participação da influenciadora Camila Telles que trouxe um panorama da situação atual que o mundo vive pelo Covid-19. Produtora rural no sul do país, ela confirma que o agronegócio brasileiro não parou e não irá parar, porém, assim como outros setores também tem sofrido impactos. “A produção corre normal em praticamente todas as culturas. Nosso maior desafio hoje está na logística, em garantir o abastecimento da população das cidades”, comentou.

Uma das alternativas que ela sugere para os produtores, principalmente os de hortaliças e frutas, não perderem a produção e a renda mensal é a entrega direto ao consumidor, via delivery. “As pessoas estão diminuindo as suas idas aos mercados, então se torna uma boa opção para receber os alimentos diretos em casa”. E ela acrescenta: “Precisaremos ser criativos neste momento. Unir todos os produtores para sair dessa crise e mostrar que o agro não para, e é diferenciado. Destacar que nosso produto é seguro e que respeita questões ambientais. Temos que nos orgulhar e vamos fazer a diferença”.

Assista ao vídeo no nosso canal do youtube e entenda mais sobre o assunto.

Escute também nosso Podcast discutindo sobre o tema.

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